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Na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, e o presidente Isaac Herzog visitaram separadamente a fronteira norte do país, evidentemente para enviar uma mensagem ao Hezbollah. A organização apoiada pelo Irão tem construído tendas dentro do território israelita e envolvido noutras actividades provocativas, em violação dos acordos de cessar-fogo existentes. ParaMeir Ben-Shabbat, a situação assemelha-se à das vésperas da Segunda Guerra do Líbano em 2006, que começou quando agentes do Hezbollah cruzaram a fronteira e raptaram dois soldados das FDI:

É difícil não ver as semelhanças entre o que aconteceu naquela época, quase exatamente dezessete anos atrás, e a realidade que se desenrola hoje, especialmente à luz das imagens que mostram os terroristas vestindo balaclavas movendo-se livremente tão perto da fronteira e observando Israel sem sequer um indício de medo. Embora as autoridades de segurança tenham sublinhado que estes agentes nunca violaram a fronteira e não representavam qualquer perigo, isto não é nada tranquilizador. Além disso, tais declarações apenas reforçam o sentimento de que o efeito dissuasor foi perturbado a favor do Hezbollah.

A onda de provocações do Hezbollah atesta a confiança cada vez maior do Secretário-Geral Hassan Nasrallah. Ele não só aumentou as suas ameaças públicas, mas também agravou a situação ao longo da fronteira, tentando forçar os limites com Israel. Embora esteja longe de ser certo que procure um surto, o que é bastante claro é que Nasrallah tem sido menos cauteloso ao tentar evitá-lo.

A conduta do Hezbollah ao longo da fronteira norte serve o seu objectivo de optimizar a sua posição operacional caso eclodam hostilidades, com especial ênfase na preparação de uma incursão terrestre em Israel. A forma como Israel respondeu até agora às suas provocações apenas o encorajou a continuar, e até mesmo a intensificar, [estas atividades]. Perante esta realidade, Israel não tem outra escolha senão agir de uma forma que faça Nasrallah dominar os seus impulsos.